D e n s o

Ando meia nostálgica, acho que é porque fiquei um ano mais velha. Encontrei velhos diários, velhas historias, velhos contos. Me peguei rindo de mim mesma, e me achando ridiculamente inocente, mas saudável. São as mesmas historias, os mesmos acontecimentos, só que mais maduros, mais densos. Hoje eu, um pouco mais critica, mais sensível, menos iludida.... Talvez. Ilusão, só sabemos que estamos vivendo a quando nos deparamos com a "verdade" - que se diz verdade, mas pode ser outra ilusão - e quando acordamos parece que acabamos de cair na agua gelada, olho arregala a tensão na espinha, o choque. Com o medo do choque questiono minha religião, meus sonhos, meus amores e atitudes. Será que estou seguindo no caminho certo? Será que irei para o " inferno" ou já estou nele? Existe inferno? Existe Deus? Eu existo, existo? Será que isso não passa de uma ilusão? E da onde? Como cheguei aqui? Como chegamos aqui? São boas questões para começar a semana, tenho quatro horas  no

É nega... O tempo passa e a cada dia aprendemos algo. Me lembrei de você hoje, toda moleca querendo se tornar mulher madura, mulher adulta. Me lembrei daquelas mensagens que trocava com aquele rapaz de bom coração, que nos embalava com mensagens bonitas. Recordei daquela ida ao interior escondida, com uma mochila e o coração na mão. Você era tão moça que mal sabia da vida. Hoje  ainda mal crescida tenta escrever sobre esse amor mal resolvido. Chorou umas vezes ao som de Pink Floyd, quis ser amada ao som de Jorge Vercilo, e tentou, ainda tenta... Conta o tempo como se o mundo acabasse amanhã, mal sabe que o relógio não tem pressa, o amor não tem pressa. Chega quando quer com sua maleta, sai de fininho e volta amanhã, quem sabe depois.  O amor é aquele vento bom que bate quando menos esperamos, chega arrastando tudo, leva tudo, até nossa dignidade... Aí, por ele choramos descabeladas, gritamos e ainda mais sofremos, pra depois receber aquele beijo terno, aquele abraço apertado, sem m

São dias tão parecidos com os do passado, são momentos que ja passaram e se repetem, como aquela velha roda gigante. A tremedeira que passou das minhas mãos, o susto, o choro contigo. Nada disso tem importancia, para ninguem.  A morte, ela passa muito perto de nossos olhos, passa tão perto, mas tão perto que doi. Ainda sinto dores, mas não da minha partida. O silencio que ficou, que restou é apenas as lembranças gritando na mente de todos. E se...? Essa pergunta cruel e cheia de magoa, percorre os corredores vazios, quietos e frios. Percorre os olhos daquele que foi ofendido, percorre os ouvidos do traumatizado, percorre o sangue não derramado.  E se... ? E se tudo que passou foi um terrivel pesadelo? E se minhas duvidas quanto ao meu coração forem verdadeiras? E se aquele imaginação cruel despertasse? E se...

E se pasou vinte e dois anos, não foram dias, horas. Se passou as alegrias as tristezas, angustias de uma fase incrivelmente dificil. Crescer e perceber o quanto sinto falta da infancia, de quando me vestir de qualquer jeito não importava. Que não passava horas pensando como iria pagar as contas, como iria estudar, crescer, me desenvolver. Sinto falta das horas debaixo do sol brincando, correndo, imitando personagens da vida adulta que não possuem nenhuma graça. Como gostava de correr, correr e correr. Fujir de monstros, amigos... É tão dificil. Nos crescemos e não podemos mais correr. São tantos empecilhos, tantos porem, tantas desculpas.

De tanto gelo a gente ser humano, animal, racional, nascido para amar, esfria. De tanta futilidade, o importante se torna irrelevante. Dias frios congelam cada vez mais nosso sorrisos. Dias quentes se tornam infernais Doloridos e cansativos. É por falta de amor É por falta de respeito Carinho Amor, pra que? Afeto? Compreensão? Coisas básicas... Esquecidas Dias frios, pessoas frias. Pessoas de borracha, feitas de plástico, isopor, papelão. Descartáveis. Que o frio congele tanta merda.

[Não escrevo] por amor, mas por desassossego. Escrevo porque não gosto do mundo em que vivo. http://caderno.josesaramago.org/161729.html

Sabe...  Hoje  tenho certeza  do  que  quero  pra  minha  vida. Quero  crescer,  crescer  mentalmente. Ajudar quem precisa. E amar  muitos  aqueles  que  tenho  perto  de  mim.  Agradecer  todos  os  dias  o mundo  que vim.  E  sonhar  cada  vez  mais,  muito  mais

É ficou assim.  Resumido  à  migalhas,  à  esperas e quem sabe  um  olá. Eu virei o nada,  junto com as risadas,  os  meios  planos.  A chance. Virou  nada, virou passado corrido e bonito.  Vai ser aquela  história que nunca  vou me  esquecer.  Vai ser aquele  alguém que  sempre  será  alguém pra mim.  Importante Vai  ser  a ferida cicatrizada Um amor  roubado A paixão não  dita O amor  não  declarado Vai  ficar  assim,  a espera A espera  da chuva Dos dias  frios De mais  um  ano de vida De  um abraço.  Ficarei  a espera  de  esquecer  tudo isso,  de lagar essas palavras  que  me ferem.  Ironicamente que saem de mim.

E  é  sempre  na  calada  da noite,  que  nossas memórias me invade. Bom  ator você....