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Mostrando postagens de março, 2016

Insano Suicidio

Sempre me senti um ser solitário, reclamava de solidão como se fosse algo imposto pela vida, algo obrigatório colocado pelas posições das estrelas no céu. Chorava calada ao ver a diversão alheia, a felicidade da companhia, a ilusão do falso amor. Hoje ao caminhar pelo shopping após uma sessão de filme, me deparei com uma cena comum, que há muito tempo venho reparado até chegar a um certo entendimento.  A falsa alegria, a obrigação da saída, o preenchimento do vazio com vazio. Pessoas caladas em lugares barulhentos, que mal se olham, porque a atenção está focada na nova foto do Instagram.  E o mais pesar, é que as pessoas se forçam a um relacionamento ilusório, amizades toxicas apenas para não se sentirem sozinhas.  Não digo isso em vão, me sujeitei a relacionamentos assim, procurando a felicidade e paz interior de maneira errada e só Deus sabe o quanto me arrependo. Vivemos na era do instantâneo, você não pode "cozinhar" ninguém, é 8 ou 80.  Você precisa saber

Trecho

[...]Agora o amor deles parece estar adormecido, que lhe havemos de fazer, parece ser esse um efeito natural do tempo e das ansiedades do viver, mas se a sabedo ria antiga ainda serve para alguma coisa, se ainda pode ser de alguma utilidade para as ignorâncias modernas, recordemos com ela, discretamente, para que não se riam de nós, que enquanto houver vida, haverá esperança. Sim, é certo, por mais espessas e negras que estejam as nuvens sobre as nossa cabeças, o céu lá por cima estará permanentemente azul, mas a chuva, o granizo e os coriscos é sempre para baixo que vêm, em verdade não sabe uma pessoa o que pensar quando tem de fazer-se entender com ciência destas. [...] Pag. 108 – A caverna – José Saramago.