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Mostrando postagens de julho, 2015

Tempestade

A calmaria sempre vem depois da tempestade. A orla fica calma e os barcos enfim saem. É assim os momentos de nossa vida, eles se agitam violentamente e se acalma de maneira delicadamente perfeita. Penso no tempo que temos e no tempo que gastamos com bobagens Penso e me frustra ver a cegueira humana, me frusta ver como somos delicadamente vazios e compostos.

Não é bem assim...

Eu já tinha sentido isso, ou melhor ouvido. Uma vozinha que me dizia: "Não é bem assim..." Não quis ouvir, temei em tentar, peguei seus defeitos e os guardei onde meus olhos não poderiam ver. Fiz do seu sorriso lembrança constante, todas as manhas eram destinados a ele. Durante a tarde lembrava do calor do seu beijo da intensidade dos seus braços. E a noite era a vez da sua voz... A cada dia, a cada semana me acostumei com seu jeito, mesmo não sendo da maneira que esperava. E ainda continuava ouvindo aquela voz: "Não é bem assim..." Mas teimei em continuar, tentei, juro que tentei. E você foi embora. Como sempre, ia embora. Me deixava a saudade e o aperto dos dias. E voltava pra minha infelicidade e novamente a voz voltava: " As coisas não são assim..". Ainda me lembro do calor do seu pescoço em contato com meu nariz gelado, parecia que tinha achado o meu lugar, me perdia no tempo, no momento, em você... E aquele aperto forte que me dava só con

Dores

Já me vi tantas vezes no mesmo momento, mas não me canso. O frio, um livro, um chá e chuva... Bate aquele melancolia que teima e me deixar para baixo como sempre. Ai me lembro quanta vezes culpei as pessoas pelo meu desanimo, mas hoje vejo que sou desanimada naturalmente. Gosto desses momentos em que percebo que eu sou o erro, é tão ruim culpar as pessoas pelos nossos erros, e depois dar um de santa e perdoar todos, como se tivesse algo a perdoar. Meio redundante... queria terminar de escrever, mas meu deu dor no estomago.  
" A alma é uma coleção de belos quadros adornecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado. Acontece, entretanto, que não esxiste coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais.(...)Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer... " Rubem Alves http://pensador.uol.com.br/frase/MTUzMDAw/