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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Amizade, família, tecnologia.

Gosto da tecnologia,  hoje ela me lembrou de nossas brincadeiras e encontros de anos passados. Da nossa amizade, dos nossos risos e ter a certeza de que com vocês eu poderia contar. A gente queria o mundo,  queríamos conquistar tudo. Mas por alguma razão a vida nos separou. Foi como apagar uma luz. Rápido,  fácil,  prático. A gente se encontra na rua,  e as palavras não saem existe apenas a indiferença. A tecnologia nos separou com erros de interpretação,  erros de paciência  e egoísmo. E ninguém tem mais coragem pra falar oi,  desculpas,  ou simplesmente um sorriso.

Cântico negro - José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os