Sinto falta de gente pra tomar um café. Gente pra falar sobre sonhos, sobre os medos e anseios. Sinto falta de gente que pergunta: "E aí como vai teu dia?" E que te olha com a importância devida com uma pergunta que se tornou banal. Amo gente simples, que fala de um novo filme, um livro e olha pro céu e enxerga o quão bonito ele é. Gosto de falar de bicho, de formiga, do universo e de desenho. Falo de sensações, como a brisa do vento que arrepia minha coluna, o sol que aquece as costas ou até aquele tempo gelado que deixa as bochechas coradas. Falo de sinceridade. Sinceridade no encontro de outra alma, vista que ela é outro universo. Gosto de quietude ao ouvir algo que as pessoas têm a fizer. Hoje a pressa engoliu até as desculpas dos esbarrões. Fica o vácuo e a mágoa das energias trocadas que nem são sentidas. Falo de mais atenção ao presente, visto que já se tornou passado. Amo perguntas, todas sem sentido que fazem as pessoas pensarem. Já perguntou
Uma capsula que se formou com o tempo.